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Marcos do desenvolvimento da fala

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Mother and child on a white bed. Mom and baby boy in diaper playing in sunny bedroom. Parent and little kid relaxing at home. Family having fun together. Bedding and textile for infant nursery.

Hoje vamos falar sobre algo que traz muitas dúvidas das mamães, papais, avós, professores que converso! O desenvolvimento da fala do nascimento aos 2 anos de idade.

Quando temos um bebê na família o que mais ouvimos é: meu filho falou com 3 anos e não teve nenhum problema! O seu tio até 4 anos não falou e hoje é presidente da empresa! Sua mãe falava bem errado até os 6 anos e hoje é uma médica de sucesso… e por aí vai! E aí, ficamos diante de um bebê nos questionando se estamos exigindo demais dele ou estamos sendo negligentes…. Para isto, resolvi mostrar aqui que temos sim uma linha de desenvolvimento e que existem marcos que devem ser seguidos.

Claro que podemos ter um jogo de cintura de um período para o outro, mas sempre lembrando que não deve ficar muito longe disto e que se o bebê não atingir os marcos isto é um sinal de alerta! Mas não de desespero! Como sabemos, o conhecimento liberta e empodera! E cabe a vocês, pais, mães, cuidadores, avós, avôs, tios, madrinhas, ou seja, lá o que for, estarem atentos e atentas ao desenvolvimento e saberem agir em caso de atraso! Combinado?

Então vamos entender melhor os marcos da linha de desenvolvimento da fala:

Quando o bebê nasce, a única forma de comunicação é através do choro. Quando o bebê ainda é bem novinho, os pais já conseguem identificar os diferentes choros: sono, fome, frio, cansaço e por ai vai! Portanto, entre 0 e 3 meses o bebê se comunica pelo choro.


Entre os 3 aos 6 meses o bebê além de chorar começa a gritar também para se comunicar!

É uma fase superinteressante porque rapidamente o bebê percebe que se ele grita, os adultos respondem a este som e cada dia mais produz diferentes sons e provoca diferentes reações nos adultos! Quem de nós nunca viu um bebê gritando e disse a ele: “você está chamando a mamãe?” ou “Nossa! Você está bravo?”.

Entre 4 e 6 meses o bebê explora muito os sons, produzindo o que chamamos de sons guturais (que são aqueles sons produzidos pela garganta, como “angu”) e conforme os adultos vão respondendo a estes sons, o bebê começa a tentar fazer outros sons e inicia a fase que chamamos de balbucio.

O Balbucio é quando temos sons com consoante+vogal+consoante+vogal: temos então os bababa, dadada, tetete e por aí vai! No início desta fase, o bebê costuma repetir sílabas iguais, mas com o passar do tempo começamos a ter a formação de sequencias de sons com diferentes consoantes, como dapada, tacata e assim por diante.

Aos 9 meses aproximadamente, o bebê começa a utilizar os gestos como dar tchau, bater palmas e inicia o apontar com intenção. Estes gestos são fundamentais para o desenvolvimento da linguagem.

Durante os primeiros meses, o desenvolvimento da linguagem está intimamente ligado ao processo de socialização. O bebê aprende a comunicar intenções não apenas através do choro, mas também através do olhar, dos gestos e do sorriso.

A comunicação não-verbal é muito importante, pois o bebê ainda não tem a capacidade de comunicar seus desejos e necessidades com palavras. É aí que entra o gesto de apontar. Esta é uma das primeiras formas com que os bebês se comunicam antes de conseguirem expressar as suas intenções com palavras.

Finalmente, em torno de 12 meses, teremos as primeiras palavras! E nesta fase o bebê está conquistando importantes marcos motores, onde já explora o ambiente com mais facilidade e está iniciando se colocar em pé, para futura marcha! Então, temos um bebê muito explorador que já consegue se deslocar pelo ambiente e que a cada dia se coloca diante de uma situação desafiadora! Uma fase superimportante para que vivencie diferentes situações e a fala neste momento deve ser um elemento importante para sua comunicação.

Entre 12 e 18 meses, o bebê deve conseguir aumentar o repertório de palavras. Estudos mostram que o bebê aos 18 meses deve ser capaz de falar em torno de 50 palavras. Isto significa que durante os seis meses que estamos nos referindo, a fala deve cada dia mais se tornar algo importante e instrumento de comunicação primordial da criança!

A partir dos 18 meses, devem se iniciar as frases simples, como “qué água”, “dá bola” e assim por diante. Quanto mais a criança vivenciar situações em que a fala tenha um papel importante, maiores são as chances de que a criança adquira de forma natural a linguagem!

Portanto, um ambiente adequado, com a quantidade ideal de estímulos, convívio social e muitas brincadeiras, teremos total condição de propiciar às crianças um pleno desenvolvimento da fala!

Andréa Baldi

Fonoaudióloga – doutora pela PUCSP – especialista em motricidade orofacial e em reabilitação oral, especialista em atendimento de bebês e crianças. @fonoandreabaldi

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