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Vamos conhecer mais sobre a Caxumba

Tempo de Leitura: 4 minutos
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A caxumba é uma doença viral aguda, muito comum na infância na era pré-vacinal e na atualidade se apresenta geralmente em surtos, atingindo nessas situações também indivíduos vacinados. Maioria dos casos se apresenta com quadro leve e autolimitado, porém há a possibilidade de complicações graves em raras situações.

A caxumba ocorre em países de todo o mundo, com pico de incidência no final do inverno e início da primavera. Fatores de risco para o adoecimento são idade, exposição a doença, presença de situações que propiciem imunodeficiências, ausência ou atraso de vacinação e viagens internacionais recentes. É raro crianças menores de um ano adoecerem por conta de transferência de anticorpos maternos para o bebê pela placenta ou mesmo pela amamentação.

O vírus é transmitido por via respiratória, através de gotículas, penetrando em vias aéreas superiores, atingindo após sua replicação órgãos a distância como glândulas salivares, testículos, ovários, pâncreas, glândulas mamárias e sistema nervoso central. O período de incubação é 16 a 18 dias, podendo já haver transmissão um a dois dias antes do início dos sintomas até cinco dias após o surgimento da parotidite, que é o inchaço no pescoço característico da doença. O diagnóstico é prioritariamente clínico, sendo muito raro ter necessidade de exames confirmatórios.

A doença é caracterizada por aumento das glândulas salivares, principalmente a parótida, uni ou bilateral, podendo atingir grandes dimensões, com deslocamento do lobo da orelha para frente e para fora. Cerca de 30% dos pacientes podem apresentar a doença sem essa característica, queixando-se apenas de infecção respiratória. Parte dos pacientes podem ser totalmente assintomáticos. Para os vacinados acredita-se que a doença seja mais leve e com menor possibilidade de complicações, sendo essas últimas mais prováveis entre os adultos.

Antes do inchaço no pescoço, no início da doença, temos sintomas inespecíficos leves como mal-estar, fadiga, dor de cabeça, falta de apetite e febre baixa. Manifestações mais graves podem acontecer raramente nos pacientes durante a doença ou como complicações, como a orquite que é a inflamação do testículo, quadro pode se resolver em cerca de sete dias como ocorre na maioria dos casos, ou evoluir mal com atrofia do

testículo, baixa de fertilidade e raramente a esterilidade. Outras complicações graves são mastite, inflamação do ovário, meningite, surdez, entre outras.

A transmissão vertical, da mãe para o bebê, pode ocorrer, havendo raros casos de caxumba nos primeiros dias de vida. Aparentemente o vírus não é relacionado a mal formações, sendo a gravidade do quadro relacionada as complicações neurológicas e inflamação do testículo.

Não há tratamento específico para caxumba, sendo recomendado apenas repouso, medidas de suporte e sintomáticos. Todo paciente deve permanecer em isolamento por 5 dias após o início da parotidite, recomendando-se esse período mínimo de afastamento das atividades; prorrogações dependerão da necessidade clínica do paciente.

A vacina Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, é nossa melhor forma de prevenção tanto da doença, quanto do aparecimento de complicações. contra caxumba O esquema consiste em duas doses para pacientes até 29 anos, com intervalo habitual de três meses (mínimo são 28 dias), iniciada no calendário vacinal atual aos 12 meses. Em vários estados do Brasil onde existe circulação do vírus do sarampo, foi instituída uma dose aos seis meses visando a proteção ao sarampo, sendo após repetida nos momentos preconizados (12 e 15 meses de idade). Temos ainda a disponibilidade da vacina Tetra Viral que soma também a proteção contra varicela, também licenciada para uso a partir de 12 meses, sendo indicada nos calendários nacionais para a dose de 15 meses das crianças. Por ser uma vacina de vírus vivo, não vacinamos gestantes. A vacina é bastante segura, sem relatos de eventos adversos graves.

Realizar diagnósticos e o isolamento necessário dos casos, além de manter a alta cobertura vacinal são medidas fundamentais. Em caso de dúvida, procure sempre a ajuda de um profissional da saúde.

Dra. Daniela Vinhas Bertolini

Pediatra e Infectopediatra. Doutora em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Membro do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Infectopediatra do Programa Estadual e Municipal de IST/Aids de São Paulo

@cuidarpediatria

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