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Dicas para lidar com seu papel de pais

Tempo de Leitura: 5 minutos
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Young woman having a headache after working on a computer at night at home.

Dicas para lidar com seu papel de pais

Eu sei que como homem e pai de família, corriqueiramente você se sente assoberbado com as múltiplas tarefas do cotidiano, tendo que constantemente mudar de “marcha” e assim se sentir em débito em casa. Um sentimento muito comum observado em muitas mulheres também.

Certa vez, conversando com Carolina, ela referiu que mal conseguia acompanhar todas as tarefas que ela tinha que cumprir no seu dia a dia (mãe, esposa, filha, irmã, amiga, profissional etc.). Entretanto, seu diálogo comigo estava relacionado a sua sobrecarga humana e como cumprir tudo isso num mesmo dia. Uma hora ela se sentia em débito com os filhos, em outra com o esposo e em outra como profissional. Ao final do discurso ela confessou que “mudar de marcha” para ela estava lhe causando muito estresse e ansiedade.

Assim como Carolina, muitos pais se sentem exaustos com tantas atividades que necessitam ser cumpridas num mesmo dia e com outras que surgem de imprevisto.

Quando isso acontece, nosso humor se altera, os conflitos se tornam mais evidentes e chegar a um ponto de equilíbrio cada vez se torna mais longínquo. Apesar da relação forte que existia entre Carolina e seu esposo, ambos estavam se sentindo confusos e enfraquecidos. Num certo dia, o esposo de Carolina a questionou se ela havia chamado o eletricista para reparar a fiação da cozinha e de repente Carol explode e diz; “Com tudo que faço você acha que eu tenho tempo para eletricista? Você não é parceiro em NADA!” “Parece que meu esposo não era meu esposo e sim meu inimigo!”

Claro que eu sei que cada indivíduo tem suas características e graus diferentes de tolerância para realizar múltiplas tarefas num mesmo dia. Contudo, a sobrecarga pode prejudicar a nossa resposta e nossa paciência e resiliência.

Após a fala de Carolina terminar, sua ansiedade estar reduzida e ela mais calma, entendemos que seria muito positivo colocar em prática pelo menos 5 dicas que ajudariam os pais (Carol e esposo) a lidarem com mais tranquilidade com as tarefas do cotidiano.

Dessa maneira, o casal foi orientado a seguir algumas sugestões para se sentirem menos estressados e angustiados com todas as atividades que teriam que cumprir e isso se traduziria em mais calma e gentileza de maneira geral e entre a família.

Primeiro de tudo, agimos melhor quando nos sentimos melhor. Ninguém pensa com racionalidade quando está exausto ou fora do “giro”! Vamos a nossa dica de ouro número:

  1. Respire fundo: quando se sentir oprimido, assoberbado, confuso, estressado e tiver que tomar uma atitude ou fazer uma ação, primeiro de tudo, respire fundo, dê um passo atrás, mesmo que ele seja mentalmente, e, procure ver a situação com uma certa distância. Parece óbvio isso que estou dizendo, mas muita gente esquece de fazê-lo. Quando estamos tensos nossa respiração fica curta, o que acaba retroalimentando nossa angústia e ansiedade. O cérebro recebe a mensagem de que estamos em perigo e precisamos fugir. Portanto, nosso pulo do gato é respirar profundamente algumas vezes e contar até 10. E assim, fazer com que nosso cérebro se acalme e saia do modo luta/fuga, nos ajudando a tomar as melhores decisões.
  2. Peça ajuda: nós mulheres e mães ainda temos a concepção de que temos que dar conta de tudo para mostrar nosso valor. Pera aí! Isso é um conceito ultrapassado e temos que pedir colaboração em casa, pois, na verdade uma família é um time. Sejam gentis e respeitosos um com o outro quando forem pedir ajuda/colaboração.
  3. Agende um tempo livre: às vezes, a fadiga nos impede de “trocar as marchas” adequadamente, gerando mal-estar e angustia. Vale a pena dar uma pausa durante o dia, nem que seja de 10 minutos para recarregar as baterias e obter fôlego para a próxima atividade. E isso vale para todos os membros da família. Pode ser um tempinho para um café, uma esticadinha nas pernas ou uma breve leitura etc.
  4. Relaxe suas expectativas: eu sei que estamos sempre querendo fazer tudo direitinho e com positividade. Nos darmos a oportunidade de falhar é nosso primeiro passo para atingirmos uma boa saúde mental. Vamos dar nosso melhor e não o nosso impossível. Que tal?
  5. A vida em família é um “continum”: tudo bem deixar alguma atividade para o dia seguinte. Tudo bem ter falhado em alguma tarefa e tudo bem também não ter dado tempo de cumprir todas as coisas programadas para aquele dia. O que importa é que os conceitos podem ser revistos e que as reuniões de família servem para isso: obter colaboração, rever pontos cegos, redistribuir tarefas, reorganizar melhor a agenda da semana, configurar o cardápio etc.

Espero que as dicas possam ajudar e que elas venham para dar mais conforto e tranquilidade no dia a dia de vocês, pais!

Dra. Regiane Glashan
Apaixonada pelo mundo perinatal, infanto-juvenil e familiar.
Enfermeira, Especialista em Saúde Pública
Mestre e Doutora em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Terapeuta Familiar, Casal e Individual
Educadora Parental Positiva (PDA – USA)
Educadora Emocional Positiva (Programa Ciranda – MSC Rodrigues)
www.terapeutadebebes.com
@terapeutadebebes_familia
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